O vento sopra longe, leve, vadio. O frio beija minha face, Na esquina, vejo a morte brincar com a vida. O sol, ainda em duvida se é noite ou dia. Enquanto a lua, arredia, espera o sol levantar, E lhe diz: Bom Dia. À minha volta, sábios sabiás a cantar. Do lado de dentro. O sol insiste em não bater. Maldigo o telhado que o impede. Deitado ainda, tento entender o frio que aflige. Por sobre o edredom, sinto minha pele queimando, Enquanto me contorço com um frio que não consigo explicar. Levanto, termômetro, espero, temperatura normal. Medo. Esse frio me lembra a dor de perder quem se ama. Mas não amo, não perco. Me sinto então como se fosse o frio da saudade. Mas não há de quem sentir saudades. As ilusões se foram junto com os amores. Ou os amores que se foram junto com ilusões. Não importa, ambos foram, E fiquei sozinho. Descobri que mentiras sinceras, nem sempre, interessam. E que aquilo de antes só do que mal acompanhado Deve ser seriamente repensado. Mas nã