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Mostrando postagens de janeiro, 2012

Reflexão e Crônica.

Seria possível escrever um texto por dia? E dois? Pretendo ao menos descobrir o quão longe consigo chegar, quantos textos consigo escrever em um dia, mantendo um nível mínimo de qualidade e respeito a quem lê. Acontece que minha vida não é das mais movimentadas, assim, tentarei escrever crônicas... Não que eu saiba ao fundo o que elas são, mas, sempre as li, e sempre tive vontade de dizer: “nossa, escrevi uma crônica ontem.” Ridículo, eu sei, mas, não se mata os sonhos de um louco. A Flor. O jardineiro passou e sorriu. Era a flor mais bela daquela floricultura que ele mantinha com tanto amor e cuidado. A realização de um sonho dele, aquela cor ruborizada, forte, marcante. O perfume que incendiava toda a loja. Era sua flor de estimação, eternizada em fotos, ele jamais a venderia... O mecânico que arrumava o carro de um cliente ali em frente, entrou para pedir agua e ao olhar pra flor, sentiu saudade da Josefa, seu grande amor... A cor da flor o fazia se lembrar dela, e aqu

Oi.

 O mundo dá voltas, eu sei. Eu já disse isso. E é estranho começar um texto como comecei outro. Parece falta de assunto... (não que não seja...) Mas só deu vontade.             Mas não to aqui pra falar do mundo. Quero falar de mim, das coisas que se passam dentro de mim, das minhas verdades absolutas e intocáveis. Meus medos e angústias, minhas certezas...             Entre as certezas, coloco a de a cada dia ao dormir e ao acordar, embora não saiba o que quero, sei a cada dia mais e mais QUEM eu quero, e como quero, e como quero querer ainda mais.             Ainda sim, embora não saiba certamente o que quero, não no sentido de “o que quero estar fazendo daqui a 10 anos”, sei o que quero conquistar nesses 10 anos, novos sonhos, novos planos, uma nova maneira de ver a vida, de lutar e me dedicar. E parte disso devo a Quem eu quero.             Dentro das minhas verdades absolutas, bem, essas eu guardo só pra mim. Minha cabeça dura que é melhor assumidamente em persuadir e
Eis aqui então, o pai da contradição. Certa vez me definiram como sendo o equilíbrio de um jogo de opostos. E isso faz muito sentido sempre. Vergonhosamente muito sentido...             Sou um cara tímido, mas, ao mesmo tempo sou “atirado”. Sou sério e bravo, mas, um doce sempre compreensível. Sou contra o ciúme... Mas o Sinto. E dói quando eu sinto.             Este texto nasceu de um incomodo causado especificamente por isso... Na verdade, pelos erros que cometo por causa disso. A minha cabeça gosta de pensar sozinha, de fantasiar e inventar histórias, fazer ligações, emendar fatos e coisas “in-mendaveis”. E nessa brincadeira toda, eu sempre me ferro.             Me ferro porque meu cérebro aliado a minha memória, conseguem juntar uma frase perdida no ar a um olhar de 2 meses depois e algo que eu vi ontem... E “BUM!” tenho uma explosão de coisas dentro de mim causadas por essas suposições...             Acho que eu nasci pra ser um louco conspiratório, mas, tive preguiça e

Prece

Amem. Senhor, que os demônios da insegurança não dominem meus medos. Que a certeza da justiça guie meus passos. Que minha dor possa poupar da dor aqueles que amo. Que minhas lutas não sejam em vão. Que eu aprenda a perdoar o erro do irmão. Que eu dê ao tempo, tempo suficiente para curar todas as feridas. E que o tempo me dê a sabedoria que só quem viu o mundo nascer pode me dar. Que eu entenda o sofrimento alheio. E que eu não ignora a sua dor. Que eu seja útil aos problemas daqueles que amo. Que todo meu saber não seja em vão. Que eu reconheça a importância das borboletas, e saiba que até os tigres tem suas fraquezas. Que eu nunca use a fraqueza de alguém em meu próprio benefício. Que eu não cause dor. Que eu não cause sofrimento. Que os meus princípios sejam maiores que minhas fraquezas. E que eu reconheça quando a fraqueza do homem que sou me dominar. Que eu tenha forças pra levantar quem está ao meu lado sempre, mesmo que eu não possa me levantar. Não me permita o escarnio aos inim

O Menino.

Vrum.... Vrum... Vrum.... Com uma caixa na cabeça, o menino corre pela rua sendo um avião. Naquele lugarzinho atípico, longe da civilização e a milhas e milhas distantes de qualquer tipo de amor, o garotinho corre despreocupado pela rua que de tão movimentada é gramada. É o campo de pouso particular dele. Gramado. No lote do lado de sua casa, os pegas e escondes ficam mais emocionantes, dribles no capim alto e cupins como fortalezas, e um ótimo lugar para se “betar” uma bola... “ah, bons tempos de bete”, um dia ainda diria o garotinho, isso quando crescido, e já bem próximo dos amores, mas, isso ele ainda nem sabia, e apenas jogava, e corria, e brincava... No caminho para a escola, brincar de ser deus, ter imãs super potentes nos pés que o prendia ao assoalho do ônibus, voaaaarrrr a cada quebra-molas, treinar arremesso de mochila ao chegar na sala de aula, e ser o melhor no “salva-cadeia” no recreio. Voltar pra sala suado, sorrindo, alegre e descompromissado... E jamais pensa

Para minha Flor...

"Eis então que tal como eu, o mundo também é redondo, e, tudo que é redondo é passível de girar. Ou seja, o mundo pode dar voltas, e dá. E nessas idas e vindas de um mundo louco, frenético, usual, frio e desajeitado... Eis que um dia, por acaso, vi uma flor que eu jamais vira. Mentira, depois de ver, conhecer, conversar, indagar, sentir seu aroma, decorá-lo... descobri que eu já a tinha olhado, até a cumprimentado, mas sem jamais tê-la visto. E isso foi bom, porque de novo nas voltas desse mundo (que em comum comigo tem o fato de ser desajeitado e redondo) aparei algumas arestas do meu ser (não que fiquei mais redondo, falo de um ser interno, abaixo da crosta-redonda e grossa), um ser que seria incapaz de enxergar aquela flor na primeira vez que a vira, mas, que hoje, conhece de longe o aroma do seu sorriso, sente na pele cada lágrima que escorre de seu rosto e não consegue dormir sem desejar acordar ao teu lado. E esse “ser” mesmo sem “estar” (nessas horas penso co