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Mostrando postagens de 2012

Porque as vezes a razão quer dar sentido ao que deveria ser sentido.

Eu ando RAZÃO demais. Sempre fui muito mais SENSAÇÃO do que RAZÃO. Eu era mais profundo, do que raso, nesse sentido... Não me importava com o significado do que as pessoas me diziam na hora que elas me diziam, apenas era se eu gostava ou não daquilo, e as sensações que aquilo me trazia. Isso passou, e é uma pena. Meio que perdi a inocência disso. Faço o impossível, o que deveria ser proibido de se fazer: Eu questiono. Não que questionar seja um pecado (embora seja, para os que acreditam) a questão é a necessidade de às vezes querer dar sentido, ao que deveria apenas ser sentido. Eu me ruborizo ao ouvir e ler, e fico feliz, e me aqueço por dentro... Mas depois, é como se eu quisesse saber o porque daquilo. Mania de explicações, mania de motivos, mania de dissertação... Sábias palavras. Tenho mania de dissertação. De tanto confiar e errar, passei a desconfiar sempre. Confio, me apaixono, me entrego e me envolvo... Mas, é como se aqui dentro uma dúvida persistisse: “Até quando?”

Saudade, Salto, Salto da Saudade. Ou só o salto. Mas, to com saudade...

Estou com saudades. Muitas saudades. Mas, não quero escrever sobre saudades. Quer dizer, não dessa saudade. As vezes damos grandes passos, fazemos escolhas difíceis, arriscamos muito... Estou prestes a fazer algo assim, e, me sinto muito bem com isso, obrigado. Sinto estar dando um salto de uma rocha firme, mas, baixa, e que não me levará a nenhum lugar que hoje eu queira ir, para um lugar aonde eu penso que já estive e acho que é para onde devo ir, mas, está escuro lá. Ou seja, estou pulando no escuro. Mas, estou pulando sorrindo. Sorrir, sorrir é importante pra mim, ao menos era, lembro de uma época em que eu sorria mais do que gritava com as pessoas. Por saudade dessa época é que vou dar esse salto. Por sinal, enquanto corro para saltar, me lembro de um salto que certa vez tive que dar... Iria saltar de uma cachoeira, aonde nunca tinha ido. Olhava pra baixo e via o que me esperava: Uma água verde transparente, agitada, mas, que me trazia uma paz... e que me chamava... Corri alg

Sobre pessoas, e loucos.

Sobre as pessoas, certa vez ouvi um homem, daqueles que fazem questão de em uma sala de aula (daquelas onde todos estão de todas as maneiras possíveis a mercê dele) escrever em letras garrafais que não devemos brincar com a alcunha de sermos “loucos”.                 Ele disse que nossa profissão é séria, lidamos com pessoas, estudamos muitos, lutamos por reconhecimento, bla bla bla, e temos que respeitar primeiramente a nós mesmos e a nossos colegas antes de qualquer coisa, e brincar ser louco, “fora do comum”, “anormal”, era uma vergonha a qualquer classe (e isso se aplica a qualquer classe ou profissão).                                 Concordo. Palavras como essas fazem muito sentido. Não se deve brincar de “louco”, ou ser anormal, ou pensar fora da caixa. Temos que todos os dias acordar e agradecer ao mundo por pertencermos a maioria. Digo isso, porque normal, de curva normal, trata de algo esperado com base no comportamento ou predição de comportamento ou resultado de q

Crises...

- Faz tempo que você não escreve hein? - É... Faz... mas, ando sem idéias cara. - Hey! Sem idéias? Aonde? Eu te conheço cara, passo muito tempo contigo. Tu “frita” o dia todo. Como assim?? - Ah... não sei. Assim sabe. As vezes até penso em algo, tipo aquele texto daquela guria. Ou aquele outro sobre aquele sorriso daquela mesma guria do texto de antes. Ou sobre aquela pinta dela. Ou sobre a outra pinta dela que descobri esses dias na rede enquanto conversávamos abraçados. Porra... E ainda tem aquele do sorriso. Já falei do sorriso dela? - Já... - Ai cara... acho que to pensando muito nessa guria... Devia escrever algo pra ela né? - É... devia... Porque não escreve cara? - Ahh... Sei lá, ando sem pensar em nada sacas? - Saquei... Mas, não some em cara? - Sumir como, você está na minha cabeça. Lembra? - Pô. Aé. Foi mal... - Odeio meu cérebro com crise de identidade...

Reflexão e Crônica.

Seria possível escrever um texto por dia? E dois? Pretendo ao menos descobrir o quão longe consigo chegar, quantos textos consigo escrever em um dia, mantendo um nível mínimo de qualidade e respeito a quem lê. Acontece que minha vida não é das mais movimentadas, assim, tentarei escrever crônicas... Não que eu saiba ao fundo o que elas são, mas, sempre as li, e sempre tive vontade de dizer: “nossa, escrevi uma crônica ontem.” Ridículo, eu sei, mas, não se mata os sonhos de um louco. A Flor. O jardineiro passou e sorriu. Era a flor mais bela daquela floricultura que ele mantinha com tanto amor e cuidado. A realização de um sonho dele, aquela cor ruborizada, forte, marcante. O perfume que incendiava toda a loja. Era sua flor de estimação, eternizada em fotos, ele jamais a venderia... O mecânico que arrumava o carro de um cliente ali em frente, entrou para pedir agua e ao olhar pra flor, sentiu saudade da Josefa, seu grande amor... A cor da flor o fazia se lembrar dela, e aqu

Oi.

 O mundo dá voltas, eu sei. Eu já disse isso. E é estranho começar um texto como comecei outro. Parece falta de assunto... (não que não seja...) Mas só deu vontade.             Mas não to aqui pra falar do mundo. Quero falar de mim, das coisas que se passam dentro de mim, das minhas verdades absolutas e intocáveis. Meus medos e angústias, minhas certezas...             Entre as certezas, coloco a de a cada dia ao dormir e ao acordar, embora não saiba o que quero, sei a cada dia mais e mais QUEM eu quero, e como quero, e como quero querer ainda mais.             Ainda sim, embora não saiba certamente o que quero, não no sentido de “o que quero estar fazendo daqui a 10 anos”, sei o que quero conquistar nesses 10 anos, novos sonhos, novos planos, uma nova maneira de ver a vida, de lutar e me dedicar. E parte disso devo a Quem eu quero.             Dentro das minhas verdades absolutas, bem, essas eu guardo só pra mim. Minha cabeça dura que é melhor assumidamente em persuadir e
Eis aqui então, o pai da contradição. Certa vez me definiram como sendo o equilíbrio de um jogo de opostos. E isso faz muito sentido sempre. Vergonhosamente muito sentido...             Sou um cara tímido, mas, ao mesmo tempo sou “atirado”. Sou sério e bravo, mas, um doce sempre compreensível. Sou contra o ciúme... Mas o Sinto. E dói quando eu sinto.             Este texto nasceu de um incomodo causado especificamente por isso... Na verdade, pelos erros que cometo por causa disso. A minha cabeça gosta de pensar sozinha, de fantasiar e inventar histórias, fazer ligações, emendar fatos e coisas “in-mendaveis”. E nessa brincadeira toda, eu sempre me ferro.             Me ferro porque meu cérebro aliado a minha memória, conseguem juntar uma frase perdida no ar a um olhar de 2 meses depois e algo que eu vi ontem... E “BUM!” tenho uma explosão de coisas dentro de mim causadas por essas suposições...             Acho que eu nasci pra ser um louco conspiratório, mas, tive preguiça e

Prece

Amem. Senhor, que os demônios da insegurança não dominem meus medos. Que a certeza da justiça guie meus passos. Que minha dor possa poupar da dor aqueles que amo. Que minhas lutas não sejam em vão. Que eu aprenda a perdoar o erro do irmão. Que eu dê ao tempo, tempo suficiente para curar todas as feridas. E que o tempo me dê a sabedoria que só quem viu o mundo nascer pode me dar. Que eu entenda o sofrimento alheio. E que eu não ignora a sua dor. Que eu seja útil aos problemas daqueles que amo. Que todo meu saber não seja em vão. Que eu reconheça a importância das borboletas, e saiba que até os tigres tem suas fraquezas. Que eu nunca use a fraqueza de alguém em meu próprio benefício. Que eu não cause dor. Que eu não cause sofrimento. Que os meus princípios sejam maiores que minhas fraquezas. E que eu reconheça quando a fraqueza do homem que sou me dominar. Que eu tenha forças pra levantar quem está ao meu lado sempre, mesmo que eu não possa me levantar. Não me permita o escarnio aos inim

O Menino.

Vrum.... Vrum... Vrum.... Com uma caixa na cabeça, o menino corre pela rua sendo um avião. Naquele lugarzinho atípico, longe da civilização e a milhas e milhas distantes de qualquer tipo de amor, o garotinho corre despreocupado pela rua que de tão movimentada é gramada. É o campo de pouso particular dele. Gramado. No lote do lado de sua casa, os pegas e escondes ficam mais emocionantes, dribles no capim alto e cupins como fortalezas, e um ótimo lugar para se “betar” uma bola... “ah, bons tempos de bete”, um dia ainda diria o garotinho, isso quando crescido, e já bem próximo dos amores, mas, isso ele ainda nem sabia, e apenas jogava, e corria, e brincava... No caminho para a escola, brincar de ser deus, ter imãs super potentes nos pés que o prendia ao assoalho do ônibus, voaaaarrrr a cada quebra-molas, treinar arremesso de mochila ao chegar na sala de aula, e ser o melhor no “salva-cadeia” no recreio. Voltar pra sala suado, sorrindo, alegre e descompromissado... E jamais pensa

Para minha Flor...

"Eis então que tal como eu, o mundo também é redondo, e, tudo que é redondo é passível de girar. Ou seja, o mundo pode dar voltas, e dá. E nessas idas e vindas de um mundo louco, frenético, usual, frio e desajeitado... Eis que um dia, por acaso, vi uma flor que eu jamais vira. Mentira, depois de ver, conhecer, conversar, indagar, sentir seu aroma, decorá-lo... descobri que eu já a tinha olhado, até a cumprimentado, mas sem jamais tê-la visto. E isso foi bom, porque de novo nas voltas desse mundo (que em comum comigo tem o fato de ser desajeitado e redondo) aparei algumas arestas do meu ser (não que fiquei mais redondo, falo de um ser interno, abaixo da crosta-redonda e grossa), um ser que seria incapaz de enxergar aquela flor na primeira vez que a vira, mas, que hoje, conhece de longe o aroma do seu sorriso, sente na pele cada lágrima que escorre de seu rosto e não consegue dormir sem desejar acordar ao teu lado. E esse “ser” mesmo sem “estar” (nessas horas penso co