E eis que renasce. Melhor, eis que renasci. Acordei disposto a mudar o mundo, mudar tudo. Acordei e me lembrei do que sou. Acordei livre, solto, novamente apaixonado. Preso e louco de paixão. Paixão por mim, pela vida, pela liberdade, pelo prazer, pela dor de se viver. Paixão por tudo, sem, necessariamente, estar apaixonado por “você”. Até porque, hoje estou original, como aquilo que remete a origem, e, na boa origem de que venho e da qual sou fruto (no sentido daquilo que sou e vivo hoje) nunca houve alguém no lugar do “você”. E, quando houve, nem sempre os que existiram me fizeram tão bem quanto eu me sinto hoje. Quanto como sempre me senti e que pouco a pouco me perdi. Não escrevo esse texto com um destinatário, e nem o remetente mesmo sou eu. Escrevo como um desabafo, ou, como o ápice de um caminho, o clímax que se revela no final, após as letras subirem. Desci e desci e continuei descendo. Desci tanto que estou mais alto hoje do que jamais estive. Precisei me perder comp