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Mostrando postagens de maio, 2018

Pacato Cidadão

O pacato morador de uma pequena cidade do interior, cansado do silêncio e da mesmice, de comprar o café no mesmo lugar, e ver todo dia as mesmas pessoas, decidiu-se mudar, rumou a cidade grande. Chegando lá, encantou-se com tamanho fuzuê: era gente pra dar e vender. Tantos prédios, tantas opções   Decidiu explorar tudo que podia. Logo depois de acomodar-se, arrumar emprego, começou: Jamais tomaria café duas vezes no mesmo lugar, ou duas cervejas no mesmo bar. Em 6 meses, conhecia grande parte da cidade, e uma imensidão de pessoas de sorriso e acenos fáceis, cujos nomes não sabia metade. No trabalho, era famoso pelas indicações de lugares a conhecer, referência sobre aonde ir, se tornou popular, realizou o que sempre quis: novas pessoas todo dia, novos lugares todo dia, novas experiências. Depois de 1 ano, o pacato morador cansou, a cidade o consumia, sorria a todos no trabalho e nos bares e cafés que conhecia, estava cheio de conhecidos, companheiros de copos e conexões tão pro

Blood on a sharp edge

I feel myself in the edge. In all ways, and in all corners, Everywhere I look, I just see and feel edges. I've been walking for miles, In the sharp edge of a blade, And these miles becomes days, and Days becomes years, And all of that become me, my life, myself. Sometimes I feel like jumping, But I'm not brave enough. I just want to walk in peace, Look at the horizon and see something, Some light, some goal, some pleasure. I'm done with walking so much, In such place so sharp. My feet and all my soul, Bleed, day by day. I know that I need to keep walking. But I bleed so much, that at each step, I feel less myself. I need to keep walking, I know, But walk is bleed, And my blood is me, Walking, surviving, Is trade blood by days. And I don't know how much blood I have left.