“Meus olhos eu fecho, mas os seus estão abertos”.
O que importa não é a cara que você a olha,
Nem a posição da sua boca,
Ou sequer, seu possível sorriso de canto de boca.
Ao olhar uma mulher,
Faça-a sentir beijada.
Que seus olhos se cruzem,
E que você penetre no mais fundo de sua alma.
Que ela se sinta invadida,
E que goste dessa invasão.
Que esse desconforto a traga até você.
E que esse seu olhar,
A faça delirar.
A leve, por instantes,
Aonde ela nunca sonhou,
A sensações que ela nunca vivenciou.
A faça sentir a vida.
De uma forma que ela nunca sentiu.
De uma forma única, amada.
Despeje nela todo amor que você nunca sentiu.
(...)...
O que importa não é a cara que você a olha,
Nem a posição da sua boca,
Ou sequer, seu possível sorriso de canto de boca.
Ao olhar uma mulher,
Faça-a sentir beijada.
Que seus olhos se cruzem,
E que você penetre no mais fundo de sua alma.
Que ela se sinta invadida,
E que goste dessa invasão.
Que esse desconforto a traga até você.
E que esse seu olhar,
A faça delirar.
A leve, por instantes,
Aonde ela nunca sonhou,
A sensações que ela nunca vivenciou.
A faça sentir a vida.
De uma forma que ela nunca sentiu.
De uma forma única, amada.
Despeje nela todo amor que você nunca sentiu.
(...)...
Comentários
das vaidades
assumidas
Se impõe sobre quem quer
se sentir único
sentir vida e sentir
o que não é
amor (afinal, por que fazê-la sentir-se amada como nunca antes senão por vaidade? - dela)
o amor é poema de Camões
numa tarde de quinta-feira
na aula de literatura
portuguesa, freguesa
Para Camões o amor
é um desfile de parodoxos
que rimam
é dor que desatina
porque o amor sempre encontra na dor
sua rima pobre
é fogo que arde
porque o ardor - Ai, que dor! -
também rima
Me vale mais um amor que rime
com batuque
ou com ternura
e com amizade
- mais até do que com cópula -
e rime com prazer
O amor que
é liberação de
norepinefrina
dopamina
anfetamina
oxitocina
feniletrilanina e
trigocenina
pelo sistema límbico
Que seja amor a nada
como o amor de Drummond
natural, sem poesia
e se for poesia
que seja de Éluard
e nunca de Gullar
Não fosse tão bom eu teria feito nova postagem, mas deixa como comentário, que seu texto merece o topo.
Grande abraço!