Pular para o conteúdo principal

Crises...


- Faz tempo que você não escreve hein?
- É... Faz... mas, ando sem idéias cara.
- Hey! Sem idéias? Aonde? Eu te conheço cara, passo muito tempo contigo. Tu “frita” o dia todo. Como assim??
- Ah... não sei. Assim sabe. As vezes até penso em algo, tipo aquele texto daquela guria. Ou aquele outro sobre aquele sorriso daquela mesma guria do texto de antes. Ou sobre aquela pinta dela. Ou sobre a outra pinta dela que descobri esses dias na rede enquanto conversávamos abraçados. Porra... E ainda tem aquele do sorriso. Já falei do sorriso dela?
- Já...
- Ai cara... acho que to pensando muito nessa guria... Devia escrever algo pra ela né?
- É... devia... Porque não escreve cara?
- Ahh... Sei lá, ando sem pensar em nada sacas?
- Saquei... Mas, não some em cara?
- Sumir como, você está na minha cabeça. Lembra?
- Pô. Aé. Foi mal...
- Odeio meu cérebro com crise de identidade...

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Um trovador solitário

Um trovador solitário, Sentado sozinho sobre o luar. Nos pensamentos que longe vagavam Vários corações se perguntavam, Se chocavam. Em cada choque uma lembrança, Um gosto e um cheiro. Um olhar. E o olhar é o mais perigoso. Aqueles corações, Que de lembrança traziam gostos, Cheiros e gozos, Não eram como o olhar. Quando numa quarta-feira, Numa tarde de mormaço, Se encontra um desses corações, Velhos conhecidos, Os que trazem cheiros e gostos, Tocam na nuca, na boca, Calafrios nas costas... Os dos olhos, Você nunca encontra numa quarta-feira, Ele é de sextas. Sextas de lua cheia. Prata no céu a brilhar. E quando se cruzam, Aqueles olhos não tocam a boca, Nem a nuca, nem as costas. Naquele instante, a boca seca, A nuca estremece, As costas suam... Aqueles olhos tocam a alma. São capazes de tudo, Podem tudo... Quando a lembrança desses corações, Invade os pensamentos, O trovador se sacode... Passa a mão na viola, Olha pra lua prata a brilhar. E de repente, sente uma presença... Antes de se

Rascunho: Insônia

Eu tenho dois tipos de insônia. Uma eu chamo de silêncio. A outra de barulho. Ter a insônia silêncio é como estar na lua, em seu lado escuro. Ou no mais alto mar, em uma noite nublada de lua nova, sem vento. É a insônia do nada. O mundo simplesmente não existe, não há nada, nem sequer o contato do meu corpo com o colchão. E estou acordado, vendo o nada passar. Até o relógio despertar. Essa insônia não me incomoda tanto. No outro dia, estou cansado, mas não estressado. Eu só não dormi, e ok. Mas se pra todo Yin há um Yang, pra minha Silêncio, há a Barulho. E ela é caos. Ter a insônia Barulho é tornar-se animal, predador e caça. Todos meus sentidos parecem mais aguçados, é quase como se enxergasse no escuro. E os sons? Escuto a tudo. A água nos canos, o vento nas folhas, alguém caminhando, uma respiração, um celular que toca, um inseto qualquer na parede, a vibração de uma festa longe. Tudo. Soa. Reverbera. Ecoa. Se silêncio é noite escura e calma em alto mar, barulho é tempestade

Blood on a sharp edge

I feel myself in the edge. In all ways, and in all corners, Everywhere I look, I just see and feel edges. I've been walking for miles, In the sharp edge of a blade, And these miles becomes days, and Days becomes years, And all of that become me, my life, myself. Sometimes I feel like jumping, But I'm not brave enough. I just want to walk in peace, Look at the horizon and see something, Some light, some goal, some pleasure. I'm done with walking so much, In such place so sharp. My feet and all my soul, Bleed, day by day. I know that I need to keep walking. But I bleed so much, that at each step, I feel less myself. I need to keep walking, I know, But walk is bleed, And my blood is me, Walking, surviving, Is trade blood by days. And I don't know how much blood I have left.