Hoje desejo realizar um sonho.
Sonho este, que vivem em minha alma e se alimenta de todos os outros sonhos. O Sonho púro, pai de todos os outros sonhos e de todos desejos. Um sonho alimentado por um preceito biblico: "Honrar Pai e Mãe."
E nesse, venho contar a história de uma mãe, minha mãe. e Nessa história suplicar o meu perdão. Mãe essa, que a mim não emprestou apenas um sobrenome, pelo qual raramente sou lembrado. Me concedera um adjetivo, diariamente lembrado, um carma que tatuei em meu peito.
Essa mãe é A Loucura, e meu Destino é ser Louco.
Começo pois, com uma certa tristeza hipócrita.
Triste, pelos outros milhares de filhos, "Hermanos" que tenho e que se negam à ostentar de maneira correta o dom que é ser louco. E Repito: "Dom!".
Dom pois, a Loucura é a mãe de todas as outras coisas desse mundo. É Ela quem o movimenta, que faz com que os homens tenham dentro de si, na ausencia de um utero, uma vontade louca de criar e criar, e desafiar-se diariamente em busca do novo, e do seu melhor. É à ela que vós deveis o dom de ter nascido, pois é ela quem alimenta o Cupido, soprando em seus ouvidos suas tarefas diárias. E também é ela, que sempre que necessário diz boa noite às virtudes sábias, deixando assim o Amor florir.
Os Reis, devem à ela sua majestade.
E os Deuses bem sabem seu valor.
Entretanto, entre os homens fôra esquecida e negada.
E nessa negação entra o meu pedido de perdão.
Cresci e fui saudavel, inteligente e sagaz, e sempre muito e muito louco.
Com isso era feliz.
Amava a todas, e era, quase sempre, por todas amado.
Solto pelo mundo, vivia cada segundo com um gozo unico, e sentia prazer ao ouvir meu nome na boca dos outros: "LOUCO".
Prazer ainda maior, quando esse elogio me era dito ao pé do ouvido...
Mas um dia acordei.
O sonho havia sido ruim e seco.
Os bons vinhos que regavam minha mesa, presentes do irmão Dionisio, estavam secos. E um sabio invejeso, plantou em mim a semente da perspicácia e a vontade de ser normal.
Nesse dia senti em minhas pegadas o choro de minha mãe.
Digo que passei dois anos cego pelo desejo de ser sábio, ser sério e, porque não, rico. Esqueci-me da riqueza sempre farta que tinha em meu redor, das ninfas, filhas de sabios, que se encantavam com a loucura que nunca conheceram, e à mim cercavam. E dos presentes saudosos dos deuses irmãos, e do Deus maior.
Perdi o brilho dos olhos, e o sorriso sumira de minha boca. O amor, que sempre me embriagava, me fazendo rir e chorar com suas armações e armadilhas, havia me fechado a porta. Estava só.
E Aqui aproveito para realçar uma caracteristica que só aos loucos é concebida: A Amizade e o desejo de ser fiel. Um sábio, se tiver que escolher entre sua vida e a de seu amigo, escolherá manter-se vivo e se tornar mais sábio. A Lealdade e a certeza de se entregar pelo próximo é um privilégio dos loucos. Assim como a amizade, o amor, a Felicidade e todos os outros sentimentos que dão sentido a vida humana. São todos fragmentos de minha mãe.
E bom filho à casa retorna, assim como a boa mãe nunca abandona um filho.
Assim, nos lábios proibidos de uma ninfa selvagem que conheci em uma das curvas de meu destino, encontrei o desejo pecaminoso de ser feliz. E a alegria que é ser louco.
Hoje, de peito aberto e pulmão cheio, grito coberto de um manto vermelho: É Que sou POETA, e sou irmão dos Loucos, amores de mais, do tudo...
... pouco
Sonho este, que vivem em minha alma e se alimenta de todos os outros sonhos. O Sonho púro, pai de todos os outros sonhos e de todos desejos. Um sonho alimentado por um preceito biblico: "Honrar Pai e Mãe."
E nesse, venho contar a história de uma mãe, minha mãe. e Nessa história suplicar o meu perdão. Mãe essa, que a mim não emprestou apenas um sobrenome, pelo qual raramente sou lembrado. Me concedera um adjetivo, diariamente lembrado, um carma que tatuei em meu peito.
Essa mãe é A Loucura, e meu Destino é ser Louco.
Começo pois, com uma certa tristeza hipócrita.
Triste, pelos outros milhares de filhos, "Hermanos" que tenho e que se negam à ostentar de maneira correta o dom que é ser louco. E Repito: "Dom!".
Dom pois, a Loucura é a mãe de todas as outras coisas desse mundo. É Ela quem o movimenta, que faz com que os homens tenham dentro de si, na ausencia de um utero, uma vontade louca de criar e criar, e desafiar-se diariamente em busca do novo, e do seu melhor. É à ela que vós deveis o dom de ter nascido, pois é ela quem alimenta o Cupido, soprando em seus ouvidos suas tarefas diárias. E também é ela, que sempre que necessário diz boa noite às virtudes sábias, deixando assim o Amor florir.
Os Reis, devem à ela sua majestade.
E os Deuses bem sabem seu valor.
Entretanto, entre os homens fôra esquecida e negada.
E nessa negação entra o meu pedido de perdão.
Cresci e fui saudavel, inteligente e sagaz, e sempre muito e muito louco.
Com isso era feliz.
Amava a todas, e era, quase sempre, por todas amado.
Solto pelo mundo, vivia cada segundo com um gozo unico, e sentia prazer ao ouvir meu nome na boca dos outros: "LOUCO".
Prazer ainda maior, quando esse elogio me era dito ao pé do ouvido...
Mas um dia acordei.
O sonho havia sido ruim e seco.
Os bons vinhos que regavam minha mesa, presentes do irmão Dionisio, estavam secos. E um sabio invejeso, plantou em mim a semente da perspicácia e a vontade de ser normal.
Nesse dia senti em minhas pegadas o choro de minha mãe.
Digo que passei dois anos cego pelo desejo de ser sábio, ser sério e, porque não, rico. Esqueci-me da riqueza sempre farta que tinha em meu redor, das ninfas, filhas de sabios, que se encantavam com a loucura que nunca conheceram, e à mim cercavam. E dos presentes saudosos dos deuses irmãos, e do Deus maior.
Perdi o brilho dos olhos, e o sorriso sumira de minha boca. O amor, que sempre me embriagava, me fazendo rir e chorar com suas armações e armadilhas, havia me fechado a porta. Estava só.
E Aqui aproveito para realçar uma caracteristica que só aos loucos é concebida: A Amizade e o desejo de ser fiel. Um sábio, se tiver que escolher entre sua vida e a de seu amigo, escolherá manter-se vivo e se tornar mais sábio. A Lealdade e a certeza de se entregar pelo próximo é um privilégio dos loucos. Assim como a amizade, o amor, a Felicidade e todos os outros sentimentos que dão sentido a vida humana. São todos fragmentos de minha mãe.
E bom filho à casa retorna, assim como a boa mãe nunca abandona um filho.
Assim, nos lábios proibidos de uma ninfa selvagem que conheci em uma das curvas de meu destino, encontrei o desejo pecaminoso de ser feliz. E a alegria que é ser louco.
Hoje, de peito aberto e pulmão cheio, grito coberto de um manto vermelho: É Que sou POETA, e sou irmão dos Loucos, amores de mais, do tudo...
... pouco
Comentários
Mas que loucura é essa que não é nossa? Eu não tenho capacidade de comentar esse texto. Só posso dizer que é excelente, impressionante, e incomodamente verdaderio.
Que bom tê-lo de volta em tão alto estilo, meu caro! Só faço aplaudir.
Pedi que postasse um texto pra me inspirar e não pra que eu sentisse vergonha do "lixo" literário que escrevo..
Fala sério.. o texto tá simplesmente perfeito, com direito a friozinho no estômago e tudo!
Um grande abraço!