Há séculos este que vos escreve desistiu de falar sobre “o
que é o amor”, por assumir que sobre o amor eu nunca sei, no máximo, sobre amor
estou sempre aprendendo e desaprendendo. Entretanto, hoje quero falar não sobre
“o que é o amor”, mas sobre como são meus amores. Pois bem,
Sou um pensador convicto. Não consigo “não pensar” sobre mil
coisas a cada segundo, de vez em quando, nessas mil coisas de cada segundo, uma
coisa em especial rouba atenção e uns 10 segundos de pensamentos só pra ela.
Numa dessas (pensadas), uma dessas (coisas) me veio à mente: O (meu) Amor Amadurece (e o de alguns também). E pronto,
perdi vários segundos com esse pensamento. Como assim o amor amadurece?
Explico:
Observando alguns relacionamentos de outras pessoas e os
meus, percebi que alguns amores amadurecem, por exemplo, o amor daqueles que me
geraram, é um amor adulto, perto de fazer o aniversário de 30 anos, experiente,
decidido, convicto. É um amor que já sabe o que quer e o que espera da vida, é
um amor que pensa como alguém de 30 anos, começando a trabalhar cada vez mais e
fazendo planos para curtir a si mesmo.
Ao pensar nisso me perguntei: “Como vão meus amores?”
Meus amores.
Sou um homem de vários amores.
Amores maduros e recém nascidos,
Amores tão velhos quanto eu,
E amores em fase gestacional.
Tenho amores que nasceram comigo,
São os mais difíceis.
É um amor tão velho que se confunde comigo.
As vezes não sei se sou Eu ou Ele quem fala, quem manda.
Mas é um amor lindo, puro, pleno e aberto.
É amor pra mais de metro.
Tenho amores um pouco mais novos,
Saindo da adolescência,
Que vem chegando à vida adulta de sola,
Brigando com todo mundo e trazendo mais amores para amar.
Amar amores de amores meus, também é amar meus amores.
Tenho amores cachorros,
Que em 1 ano, amadurece 8,
E alguns desses cachorros estão adultos,
São amores crescidos, mas ainda divertidos,
E se eu não puder brincar com eles e lembrá-los do quanto
amo,
Eles brincam sozinhos, caçam sozinhos, se cuidam
sozinhos.
Tenho amores de gato também,
Aquele amor incógnito,
Sensual, dócil e indomável,
Incontrolável e selvagem.
Aquele amor que quando você quer, corre.
E que quando menos espera, surge se roçando,
Arrepiando e te fazendo arrepiar,
Só pra te lembrar: existo.
Tenho amores bebê,
Engatinhando, aprendendo a cuspir palavras,
Descobrindo o mundo.
São amores gostosos de curtir, brincar,
Mas que não tarda,
É hora de trocar a fralda.
E você sem lembra porque são tão trabalhosos...
Quando sorriem emocionam,
Quando sorriem emocionam,
Quando choram te fazem querer sumir...
Tenho amores com síndrome de Benjamin Button,
Na verdade, amores de cachorro e com essa síndrome.
Amores que amadurecem 8 anos em 1,
Que chegam logo aos 40 anos,
E depois começam a ficar jovem de novo...
Tenho amigos amores,
Maduros, jovens e bebês...
Tenho amores amigos.
Amores distantes,
Amores inspiradores...
Tenho muitos amores...
E a cada feliz consigo amar mais amores.
E a melhor parte,
É que os meus amores são mutantes.
Mudam de forma, de sabor,
Muda de lado.
Mas não muda o fato que é amor,
E todo (meu) amor é imortal.
Obrigado a todas e todos que amo. Obrigado por me deixarem
amar-lhes.
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