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Não digo. Vivo e sinto.

É simples oras. A vida é complicada! O ser humano é complicado. Ainda mais quando inventa coisas, fantasia com magia, como quando, por exemplo, diz “amar”. Amar... Até parece. E falam com uma certeza como se realmente soubessem o que é isso. Como se estivessem certos disso. Ainda bem que nunca disse que amava, quer dizer, já disse, hoje não digo... E se alguém tem provas do contrario, apresente-as.
Não digo que amo, por que dizer: “Eu te amo”, é muito fácil. Acho que é a terceira coisa que aprendemos a falar. A primeira é mamãe, depois papai, depois, tem sempre um besta que nos ensina a dizer “te amo”. E morri de rir quando você aprende. E eles riem, por que não entendem a realidade daquilo que aquela criança diz. Depois que se cresce, se “desaprende” a amar, se é que alguma vez já se aprendeu. Mas enquanto crianças amávamos muito mais do que agora. Amávamos mais, porque amávamos livremente... Há tempos não vejo alguém encher os olhos de luz ao dizer, olhando nos olhos da pessoa amada, EU TE AMO. Lembro que da última vez que vi, presenciei um dos momentos de maiores êxtase da minha vida. Nossa, foi lindo.
E é por isso que insisto: as pessoas inventam que amam. Não conseguem mais ser livres, amar e amar simplesmente. Amar por amar. Vivem pedindo provas de amor, e quando as tem, não percebem que não há amor ali, apenas provas. Porque amor (e quem sou eu para falar disso?) não se prova, não se mede ou se mostra. Amor se vive, se sente. Se deixa levar...
Amar é ser livre...

E depois de tudo esse discurso... Confesso com um certo ar de culpa:
A ultima vez que ouvi um “eu te amo”, como esse que disse ai em cima, não tem muito tempo e não sei como estavam os olhos de quem disse, mas ahh... Os meus pareciam duas piscinas brilhando repletas de água.

E sabendo do susto de quem lê esse texto, agradeço e peço desculpas (pelo susto).
Porque quem sabe daqui a uns 1000 anos, eu releia esse texto e ache que realmente eu não amava. Vou estar totalmente errado se pensar isso, a começar, porque amor não se pensa, se sente, e isso daria outro texto...

E é por isso, que não digo, sinto e exponho: Te amo.

Comentários

Anônimo disse…
Vixiii...
Qdo eu penso q vc conseguiu seu maximo vc escreve uns trem desse?...Ae c quebra minhas pernas e me mata de inveja...eheehehehe...
O povo deve achar q eu num sei dizer mais nada q isso...mas Fernando...vc eh incrivel...eh impressionante como eh facil ver vc nos seus textos.Eu queria ser q nem vc...me ensina um dia?...ehehe
Mas indo direto ao ponto...ou melhor ao post...Falar de amor eh dificil d+...Existe sentimento mais doido q essE?...ao mesmo tempo q pode te fazer a pessoa mais feliz do mundo pode te fazer a mais infeliz...Eh complicado d+ entender como funciona esse trem de amar...falar q ama eh facil...facil ateh demais...todo mundo diz q ama mas quase ninguem sabe o q eh isso...[e não me refiro apenas ao amor homem-mulher não...me refiro ao Amor universal de Camões tbm]...Bobo de quem axa q amar eh dizer q ama...O amor eh mais q isso...bem mais q isso...eh como vc diz...amar eh "Amar a felicidade do outro, rezando para fazer parte dela,Mas continuar feliz, caso não faça."...Mas quem sou eu pra falar isso?...ou melhor, quem sou eu pra falar disso?...
...Posso estar enganada... mas algo me diz q alguem por aki aprendeu a amar...Tô errada?...ehehee...Saiba q fico muito feliz se eu estiver certa!...afinal de contas...
"Qdo se aprende a amar...o mundo passa a ser seu..."

Bunitu...BeijO...
AdoRu ... Sempre!
Caramba, até eu me emocionei com esse comentário!


Mudando de assunto, você disse no seu final do texto que: "amor não se pensa, se sente, e isso daria outro texto..."

E eu confesso que fiquei esperando o tal "outro texto". rs

Grande abraço, amigo.
kkkkkkkkkk

ok ok mestre.
Vou tentar, depois,
escrever o outro texto.
mas, precisaria de sentir o Tal assunto do texto,
ai vou ter que procurar alguem que me ajude...
hehe...

Abraços!!!
Este comentário foi removido pelo autor.
Uai, cara. Olha pra cima (o comentário lá em cima).

Não é difícil ver quem merece valor. ;P



Abraços, mestre! Espero o texto. Até mais.

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