As vezes acho que cansei de mim mesmo.
Preciso me reinventar.
Vou procurar no lixo tudo que já joguei fora,
Colocar ao lado de tudo que quero adicionar,
Quero fazer anotações em cada ferida cicatrizada,
E deixar as abertas sangrar.
Quero escrever em pedras aquilo que errei,
E com lápis no carvão meus grandes acertos.
Quero um sorriso novo, pra cada tapa que levei.
Quero aprender a sorrir para fotos,
Quem sabe brincar de ser o que não sou,
de saber o que não sei.
(Olho pros lado, e parece dar tão certo)
Quero me reinventar.
Cansei de ser safado e romântico,
E de ser extramente bom nas duas.
Quero uma nova cara, uma nova fama, duas novas camas.
Quero acordar de noite e dormir de dia.
Encontrar meu eu do passado, e, debochá-lo:
- Parabéns.
Vou escrever meus sonhos nas Nuvens,
E desenhar meus medos nas janelas.
Descobrir minha fera interior,
E retirar dela todas as correntes.
Quero aprender a errar,
Aprender a não pensar.
Vou me reinventar.
Misturarei tudo que já disse,
com tudo aquilo que silenciei,
Ao terminar tudo,
Se olhar no espelho e não gostar,
Vou de novo me reinventar.
Dessa vez me espelharei em tudo que mais odeio,
E misturarei com todos meus defeitos.
Se de tudo não der certo,
vou de novo me re-re-inventar. E,
dessa vez.
Quero ser apenas tolo,
e nunca, jamais, pensar.
- F. Mota
"É que sou poeta, e poeta é louco."
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