Eis aqui
então, o pai da contradição. Certa vez me definiram como sendo o equilíbrio de
um jogo de opostos. E isso faz muito sentido sempre. Vergonhosamente muito
sentido...
Sou
um cara tímido, mas, ao mesmo tempo sou “atirado”. Sou sério e bravo, mas, um
doce sempre compreensível. Sou contra o ciúme... Mas o Sinto. E dói quando eu
sinto.
Este
texto nasceu de um incomodo causado especificamente por isso... Na verdade,
pelos erros que cometo por causa disso. A minha cabeça gosta de pensar sozinha,
de fantasiar e inventar histórias, fazer ligações, emendar fatos e coisas
“in-mendaveis”. E nessa brincadeira toda, eu sempre me ferro.
Me
ferro porque meu cérebro aliado a minha memória, conseguem juntar uma frase
perdida no ar a um olhar de 2 meses depois e algo que eu vi ontem... E “BUM!”
tenho uma explosão de coisas dentro de mim causadas por essas suposições...
Acho
que eu nasci pra ser um louco conspiratório, mas, tive preguiça e acabei sendo
o que eu sou mesmo. Mas esse espírito anticonspiração não saiu de mim, e
consigo ver conspirações “modáfócas” em lugares inimagináveis. Nesse quesito
sou #SouFoda.
Claro,
tem seu lado bom também... Tenho um “instinto aranha” contra alguns certos
tipos de pessoas que com muito pouco (15 min ou 15seg) já apita e me dá inúmeras
pistas de comportamentos futuros, que me diz se uma pessoa é confiável ou não.
E as vezes diz até quanto tempo falta pra cair a máscara. E sempre cai. =)
Mas,
isso é chato também, perde aquela emoção de as vezes se assustar quando se
descobre quem é o vilão... Perde o clímax. Aliado a isso, já ia me esquecendo,
digo que é muito chato assistir filme comigo... Melhor, isso merece outro
parágrafo:
Chato.
Também sou chato, muito chato. Sou tão chato que reescrevi o significado da
palavra chato na minha cabeça, pra considerar um elogio a cada vez que eu a
ouvisse... Pudera, eu ouvia “seu chato” mais do que “Fernando”... Tive que
achar uma forma de ficar feliz com isso, oras...
Falando
sobre mim, além de uma fonte inesgotáveis de contradições que não se contradizem
(é sério, consigo fazer sentido ao explicar as coisas... Coisas que nem eu
entendo, diga-se de passagem, faço os outros entenderem), um chato, um ex-poeta
(uma vez que os versos tiraram umas férias da minha cabeça e só aparecem quando
converso com ELA), sou um cara com um jeito diferente de ver a vida.
Literalmente, “out of the box”.
Não
sou um gênio criativo, nem um cara com idéias que vão revolucionar o mundo (eu
acho que não, ao menos), mas, tenho uma facilidade muito grande de não enxergar
as coisas como o resto do mundo enxerga. Existem 3 lados sempre... O primeiro
que é o que você vê, o segundo que é a antítese desse, e o terceiro que é o
meu. =) Um dia queria saber como cobrar por esse “modus operandi” de pensar.
Não que eu queira cobrar de todo mundo que vem trocar uma idéia comigo... Mas,
e se eu pudesse ajudar pessoas com um ponto de vista diferente e ser
recompensado por isso? E isso conversa diretamente com um dos meus grandes
problemas da atualidade: “o que fazer pra ganhar dinheiro sem me frustrar?”
Sempre
ouvi a história que o importante é fazermos o que a gente ama... poxa, eu amo
tanta coisa, e não consigo fazer nada que amo de uma forma que tenha retorno
financeiro. Sério... Até mesmo na Psicologia, vivo um dilema, pois embora goste
(ame) conversar com meus amigos e amigas e trocar pontos de vista, ajudar e ser
ajudado, não sei se vou trabalhar com clinica, lidar diretamente com isso...
Não consigo me ver em nenhuma das vertentes tradicionais trabalhando
satisfeito... e isso é um graaande problema já. Só mais alguns semestres e não
terei mais como correr da “decisão”. E agora José?
Falando
em José, me lembrei do Cuervo, e lembrei que tem tempo que não bebo. E o mais
engraçado, as vezes estou no supermercado, bate aquela vontade e vou no
corredor de cervejas... Olho todas as marcas que mais gosto, penso, escolho e
pronto. Já passou a vontade. Guardo a garrafa e vou embora...
Ando
assim, com a vida, perdendo a vontade pelas coisas...
Bem, tem dias que todo dia fico
com a sensação que havia algo a ser dito e não dei conta. Hoje, tentei escrever
livremente sobre tudo que passasse na minha cabeça pra ver se a coisa fluía e
saia o que está entalado ai dentro. Não saiu. Acho que preciso escrever um
texto sobre o que sinto, sobre meus sentimentos, minha paixão. Mas, ainda não
deu o gatilho... Não deu aquela coisa louca e frenética que dá quando vou falar
dessas coisas de sentimento... Mas, acho que desse fim de semana não passa.
Sinto isso...
Pronto, chega de escrever sem
rumo. Caso alguém tenha lido até aqui, malz aew, mas, isso aqui também é um
lugar pra coisas sem sentido... Preciso dividir um pouco desses pensamentos
frenéticos com alguém. Ou com ninguém, no caso. A (in)personalidade da internet
é mágica.
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