"Eis então que tal como eu, o mundo também é redondo,
e, tudo que é redondo é passível de girar. Ou seja, o mundo pode dar voltas, e
dá.
E nessas idas e vindas de um mundo louco, frenético, usual,
frio e desajeitado... Eis que um dia, por acaso, vi uma flor que eu jamais
vira. Mentira, depois de ver, conhecer, conversar, indagar, sentir seu aroma,
decorá-lo... descobri que eu já a tinha olhado, até a cumprimentado, mas sem
jamais tê-la visto.
E isso foi bom, porque de novo nas voltas desse mundo (que
em comum comigo tem o fato de ser desajeitado e redondo) aparei algumas arestas
do meu ser (não que fiquei mais redondo, falo de um ser interno, abaixo da
crosta-redonda e grossa), um ser que seria incapaz de enxergar aquela flor na
primeira vez que a vira, mas, que hoje, conhece de longe o aroma do seu
sorriso, sente na pele cada lágrima que escorre de seu rosto e não consegue
dormir sem desejar acordar ao teu lado.
E esse “ser” mesmo sem “estar” (nessas horas penso como
seria legal se esse texto fosse em inglês...) ao seu lado, acorda sorridente,
feliz, porque sabe que não “é” preciso “estar” quando se “é” de alguém. E esse
sorriso aqui, é seu. Minha bela e Amada flor.
E, fiz questão de rir nesse texto, porque hoje, é impossível
olhar para mim, sem me ver a sorrir, por essa flor.
E assim, penso metaforicamente (novidade...) na
grandiosidade do universo, no mundo, nas milhares escolhas que fazemos
diariamente que mudam a cada instante a maneira como nosso dia vai terminar, e
acabo por agradecer... Agradecer por existir, por Eu existir da forma que sou,
(o que é matematicamente improvável), Por ELA existir da forma que ela é, (o
que também é matematicamente improvável) e por esse encontro impossível uma
hora acontecer, e perpetuar... e tornar a acontecer a cada dia...
E, pensava aqui se explicava ou não o porque de tudo começar
com “e”, e tantos “e” se repetindo nesse texto... Mas, não explicarei, os bons,
E só os bons, entenderão..."
Para Minha Flor...
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