“Se não pode com eles, junte-se a eles.”
Particularmente nunca fui muito fã dos ditos “ditados populares”. Quase todos são desprovidos de lógica, de conhecimento e propagam ensinamentos vazios. Mas, eis un que vira e mexe me traz boas lições.
Tenho em meu repertório, assim como qualquer ser-humano normal, uma série de comportamentos cuja eficácia ou necessidade são questionáveis, e que mais questionáveis ainda são “o bem” ou o reforço que esse comportamento traz quando emitido. Acontece que alguns desses comportamentos são extremamente difíceis, na minha vivência, de serem instintos. O que fazer com eles então? Instrumentá-los.
Como assim? Explico.
Usei o termo vicioso porque são comportamentos que como um vício são difíceis de controlar e que nem sempre trazem boas consequências, um comportamento assim em mim é um estado de inércia apática que entro as vezes.
É um estado no qual meu ser fica dividido em dois, e o ser que sente é totalmente subjugado pelo ser que pensa. Embora convivam quase sempre com amor e amizade e troca, quando minha depressão voltava a superfície, ou quando o dia era ruim, a insônia batia, ou quase qualquer outra coisa que abalasse meu equilíbrio psicológico, o ser pensante subjugava o ser que sente.
E isso, no dia a dia meus amigos, é uma merda. Eu me tornava indiferente a tudo, a todos, inclusive a mim mesmo e minhas necessidades não racionais. Tudo que não era racional, era subjugado a um patamar inferior de necessidades e quereres. E escondido. Já sofri muito por isso, e já fiz sofrer.
Com o tempo passei a perceber e tentar controlar esse instinto de fechamento ao mundo, até chegar ao ponto que não o eliminei, mas o coloquei a meu serviço: Sempre que estou em uma crise realmente grande, deixo meu sentir ser guardado e meu eu racional-apático assume.
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